Curso Intensivo em Análises e Práticas Arqueobotânicas (Coimbra, Portugal, marzo 2013)

19/12/12 .- http://www.uc.pt/uid/cea/Eventos

Curso Intensivo em Análises e Práticas Arqueobotânicas

Coordenação:


René Cappers

Organização:

Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto

Inscrição:

30€ - Estudantes
60€ - Não estudantes

Sujeita a selecção, 14 vagas.

Língua oficial: Inglês

Carga lectiva: 09,00h - 18,00h

12 horas teóricas 16 horas práticas.

Local: CEAUCP Colégio de São Jerónimo - 1º piso (Polo I - Universidade de Coimbra)
Ficha de Inscrição:

http://www.uc.pt/uid/cea/documentos/inscricaocappers

Descrição do curso:

Este curso incide sobre o estudo de macro-restos vegetais encontrados em contextos arqueológicos. O objectivo principal consiste em ilustrar os processos subjacentes à formação do arquivo arqueobotânico e optimizar estratégias de amostragem considerando as questões de pesquisa colocadas. Serão apresentadas perspectivas inovadoras, como a modelação da reconstrução de antigas práticas agrícolas. Além disso, serão organizadas sessões laboratoriais com o intuito de pôr em prática e trazer à discussão a identificação e interpretação de conjuntos de provenientes de colheitas carbonizadas. Os participantes são convidados a trazer a para o curso as suas próprias amostras, provenientes de intervenções arqueológicas que tenham realizado.
Apresentação do professor:

René Cappers é professor catedrático na Universidade de Groningen, especialista de renome em arqueobotânica e paleoecologia vegetal. Tem dirigido vários projectos de investigação por todo o mundo, salientando-se as suas pesquisas recentes no Próximo Oriente, na Península Arábica, Índia, Grécia e Itália.

É actualmente co-director do Projecto arqueológico do Fayum (Egipto) que inclui escavações nos sítios neolíticos Kom W e Kom K, e no sítio greco-romano de Karanis.

As suas investigações em arqueobotânica vêm centrando-se em aspectos mais metodológicos desta área de pesquisa, nomeadamente no desenvolvimento de estratégias de recolha e análise que maximizem o potencial de informação dos macro-restos vegetais. Tem, igualmente, desenvolvido investigação relevante sobre os temas da transição para agricultura no Próximo Oriente, sobre produção agrícola romana no Egipto, e trocas comerciais em tempos romanos entre Egipto, Turquia, Península Arábica e Índia. É co-autor do manual recém publicado “Handbook of Plant Palaeocology”.

Programa:

Aulas teóricas

Será proferida uma série de quatro aulas que apresentarão uma introdução à pesquisa arqueobotânica. A primeira aula retratará a relação entre as questões de pesquisa em arqueobotânica e os métodos de amostragem. Esta relação será ilustrada com os restos vegetais passíveis de estudo, os diferentes tipos de condições de preservação, o impacto de diferentes contextos arqueológicos, processos relativos à tafonomia e métodos básicos de amostragem e extracção de restos vegetais.

A segunda aula aborda a questão da recolha de amostras no sítio e posteriores reconstruções efetuadas fora deste. Esta problemática será ilustrada com recolhas de amostras em contextos arqueológicos específicos através das quais práticas agrícolas tradicionais, como a irrigação, poderão ser reconstruídas.

A terceira aula debruça-se sobre a origem da agricultura, com ênfase especial na modelação desta transição baseada no estudo dos macrofósseis de pólenes e plantas.

A última aula estrutura-se em torno da modelação da seleção de colheitas: que critérios poderão ser avançados para explicar o cultivo de um conjunto específico de cereais? Esta modelação será ilustrada com mudanças na seleção de colheitas que caracterizam a história agrícola do Egipto.

Laboratório

Sessões práticas, à tarde, oferecerão a oportunidade de se familiarizar com a identificação de algumas das mais relevantes plantas de cultivo. Diferentes misturas de sementes carbonizadas de cereais e leguminosas estarão disponíveis para análise. Durante este treino, o material de trabalho será discutido em relação com: (1) métodos de extração e amostragem; (2) identificação de elementos das sementes; (3) relação com os contextos arqueológicos; (4) interpretação respeitando a reconstrução da economia alimentícia passada.

Este curso é do interesse da comunidade arqueológica em geral e de alunos que queiram explorar as possibilidades da pesquisa arqueobotânica.

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